As histórias de terror infantil têm raízes antigas e foram transmitidas oralmente de geração em geração. Essas histórias eram frequentemente usadas para ensinar as crianças a se comportarem corretamente, com temas de castigo para o comportamento inadequado.
Uma das histórias de terror infantil mais populares é "João e Maria". A história fala sobre duas crianças que são abandonadas na floresta e acabam encontrando uma casa feita de doces. A casa é habitada por uma bruxa que os captura e tenta comê-los. No final, João e Maria conseguem derrotar a bruxa e voltam para casa com segurança.
Nesse post, apresentamos três histórias de terror infantil que são de causar arrepios em gente grande.
A Garotinha e o Trovão
Som ambiente recomendado para leitura:
Era uma vez uma garotinha chamada Sofia, que morria de medo de trovões. Toda vez que uma tempestade se aproximava, ela se encolhia em sua cama, cobria a cabeça com o cobertor e fechava os olhos com força. Seus pais tentavam acalmá-la, dizendo que não havia nada a temer, mas Sofia não conseguia vencer seu medo.
Uma noite, durante uma forte tempestade, Sofia acordou com um estrondo ensurdecedor. Ela levantou a cabeça e olhou pela janela, vendo um clarão brilhante seguido de um trovão. O som, porém, parecia vir de dentro de sua própria casa.
Sofia levantou-se e caminhou pelo corredor, segurando seu ursinho de pelúcia (Teddy). Ela chegou à sala de estar e viu um vulto em um canto escuro da sala. Ela olhou mais de perto e viu que era uma figura alta e magra com um rosto pálido e sombrio. Seus olhos brilhavam na escuridão, como duas brasas vermelhas.
"Quem é você?" perguntou Sofia, com a voz trêmula.
"Eu sou o Trovão", respondeu a figura com uma voz profunda e sinistra. "Eu vim por sua causa. Eu vou te levar para o meu esconderijo. Meus amigos estão esperando por você"
Sofia tremeu e recuou. Ela tentou correr, mas o Trovão a agarrou pelo braço. Ele a arrastou para o escuro porão, onde ela viu outros monstros, criaturas sombrias, todos à espera dela. Eles rosnaram, e se prepararam para atacar.
Sofia fechou os olhos e se concentrou no seu ursinho de pelúcia. Ela sabia que ele a protegeria do mal. Ela apertou Teddy com força e abriu os olhos. Para sua surpresa, os monstros haviam desaparecido e ela estava de volta à sala de estar.
"Você venceu, Sofia", disse o Trovão em um tom de desânimo. "Mas lembre-se, eu sempre estarei aqui, esperando para mostrar-lhe o verdadeiro medo."
Sofia olhou pela janela e viu que a tempestade havia passado. Ela abraçou Teddy e suspirou aliviada. Ela nunca mais teve medo de trovões novamente, sabendo que Teddy estaria sempre ao seu lado para protegê-la do Trovão.
O Gato Preto
Som ambiente recomendado para leitura:
Era uma vez um garotinho chamado Pedro que se borrava de medo de gato preto. Ele achava que eles eram animais assustadores e malvados que poderiam machucá-lo a qualquer momento. Pedro evitava andar por ruas onde avistava um gato preto, e chegava a mudar de caminho para não ter que passar perto de um.
Um dia, Pedro decidiu que precisava enfrentar seus medos, pois ele era sempre motivo de chacota entre seus colegas da escola. Ele sabia que tinha que fazer isso para ser corajoso e não ter mais medo. Então, em uma noite de lua cheia, Pedro saiu para caminhar pela rua mais escura e sinistra da cidade.
Pedro caminhou por alguns minutos até que viu um gato preto sentado em cima de um muro. Ele parou, tentando não demonstrar medo, mas seu coração começou a bater acelerado. Ele tentou se controlar, respirando fundo, mas não conseguia parar de olhar para o gato preto.
De repente, o gato preto saltou do muro e correu em direção a Pedro. Ele tentou correr, mas suas pernas tremiam tanto que ele acabou tropeçando e caindo no chão. Quando se levantou, viu que o gato preto estava bem perto dele.
Mas, para sua surpresa, o gato preto não o atacou. Ele apenas esfregou o seu corpo nas pernas de Pedro e começou a ronronar. Pedro percebeu que o gato preto não era assustador nem malvado, mas apenas um animal que precisava de carinho e atenção.
A partir daquele momento, Pedro deixou de ter medo de gatos pretos e passou a ter um gato preto como animal de estimação. Ele aprendeu que muitas vezes nossos medos são apenas fruto da nossa imaginação e que precisamos enfrentá-los para descobrir a verdade. E assim, Pedro se tornou um menino muito mais corajoso e feliz.
A Bruxa da Floresta
Som ambiente recomendado para leitura:
Era uma vez, dois irmãos chamados Aline e Nathan, que moravam em uma casa na beira da floresta. A vizinhança inteira falava sobre uma velha senhora que vivia em uma casa abandonada na floresta, e que era conhecida por ser uma bruxa. Mas as crianças nunca tinham visto a tal senhora e achavam que tudo não passava de boatos.
Um dia, Aline e Nathan foram brincar na floresta e acabaram se perdendo. Enquanto tentavam encontrar o caminho de volta, viram a casa abandonada da tal bruxa. Como crianças curiosas, decidiram dar uma olhada na casa. A porta estava trancada, mas a janela do porão estava aberta. Aline e Nathan decidiram entrar.
Assim que entraram no porão, sentiram um cheiro estranho e viram uma poção borbulhante em um caldeirão. De repente, ouviram um barulho vindo do andar de cima. Os irmãos ficaram com muito medo e tentaram sair correndo, mas a porta do porão estava trancada.
Então, a velha senhora apareceu. Ela usava um chapéu preto pontudo e um vestido preto. Aline e Nathan ficaram paralisados de medo. A velha senhora os olhou com seus olhos brilhantes e disse: "Vocês não deveriam estar aqui. Eu vou fazer uma poção mágica com vocês dois".
Os irmãos ficaram apavorados e começaram a gritar. Mas a bruxa os levou para o andar de cima, onde tinha uma mesa cheia de ingredientes estranhos e uma gaiola com um corvo preto dentro.
A bruxa começou a misturar os ingredientes e a cantar uma canção em uma língua estranha. Aline e Nathan tentaram fugir, mas não conseguiam se soltar das cordas que a bruxa havia amarrado neles.
De repente, a bruxa jogou a poção mágica nos dois irmãos. Eles começaram a se transformar em corvos e a bruxa os colocou na gaiola com o outro corvo. Aline e Nathan tentaram gritar, mas só conseguiram grasnar.
A bruxa deu uma gargalhada e disse: "Agora vocês são meus corvos de estimação. Vocês nunca mais vão voltar a ser humanos".
Os irmãos ficaram presos na gaiola para sempre. E quando os pais deles procuraram por eles, jamais encontraram nenhum vestígio de Aline e Nathan. A velha senhora nunca foi vista novamente, mas as pessoas diziam que ela tinha feito uma poção mágica com os dois irmãos e que eles agora eram corvos de estimação dela para sempre.