Confira arrepiantes relatos em nossa coleção de histórias de terror baseadas em fatos reais. Do inexplicável ao sobrenatural, mergulhe em narrativas assustadoras que ganham vida através de eventos assustadores.
- Sorriso Sinistro
Faltavam apenas uns quinze minutos para concluir meu turno noturno no trabalho quando um estrondo ensurdecedor ecoou através de uma das janelas do escritório. Imediatamente, me levantei e fui verificar. Alguém tinha arremessado uma pedra considerável através de uma das janelas frontais do prédio, o que era bem estranho, porque eu estava trabalhando em um distrito industrial, às onze e trinta, e nenhuma das outras empresas estava aberta nesse horário.
Voltei à minha mesa, fiz uma ligação rápida para a segurança para relatar o incidente e decidi ir para casa. Enquanto saía do prédio, comecei a ficar cada vez mais assustado com a situação e acabei correndo até o meu carro. Estava quase chegando em casa e comecei a me acalmar um pouco quando percebi que não havia trancado o carro ao entrar. Ele ficara destrancado o tempo todo.
Fiz uma rápida inspeção com a mão no banco de trás, em busca de possíveis intrusos que pudessem estar nas redondezas, mas não encontrei nada. Cerca de trinta minutos depois, entrei em contato com um amigo meu, que informou estar bebendo, então decidi me juntar a ele. Peguei minha bicicleta e comecei a pedalar até o local. Estava indo devagar pela rua, aproveitando a agradável noite e a luz da lua, quando ouvi alguém pedalando atrás de mim.
Endireitei-me e mantive-me em um dos lados da estrada. A pessoa me ultrapassou lentamente e, quando estava ao meu lado, lançou-me um sorriso que posso descrever como puramente sinistro. Fiquei um pouco assustado e surpreso quando ele seguiu em frente. Foi então que percebi que ele estava usando a bicicleta da minha mãe.
Nem preciso dizer mais nada; saí pedalando feito louco até chegar em casa. Ao chegar lá, confirmei que a bicicleta dela havia desaparecido e uma das portas traseiras do meu carro estava aberta, a do lado esquerdo. Eu estava dirigindo e não havia motivo para ter aberto aquela porta.
- Show de Abertura
Ontem à noite, um amigo me fez sair de casa às pressas pra gente chegar a tempo de pegar o show de abertura em um bar local. Depois de tomar umas, caiu a ficha de que meu celular não tava no meu bolso. Revirei a mesa onde a gente tava sentado no bar, dei uma conferida nos banheiros, mas não tive sorte.
Peguei emprestado o telefone do meu amigo e liguei pro meu. Depois de duas chamadas, alguém atendeu, soltou uma risadinha rouca e desligou na minha cara. Não atenderam mais. No fim das contas, desencanei e voltei pra casa. Quando cheguei, lá estava o celular, largado no meu criado-mudo, no mesmo lugar onde tinha deixado.
- O Ônibus Escolar
Quando eu era criança, eu sempre era o último a ser pego pelo motorista do ônibus para ir à escola. Um dia, eu estava esperando pelo ônibus sozinho e um ônibus sem crianças parou. O motorista do ônibus sorriu e me disse para subir. Tive um pressentimento ruim naquele momento e perguntei onde estavam as outras crianças. Ele disse que iríamos buscá-las e mandou eu entrar no ônibus. Ele começou a ficar mais insistente, mas não fez nada louco. Eu continuei dizendo não, e quando ele deu de ombros e foi embora, o ônibus verdadeiro chegou alguns minutos depois. Fui para a escola e meus pais não sabiam de nada. Mencionei isso naquela noite e pensando agora, eles ficaram bem preocupados. Lembro-me deles correndo para fazer algumas ligações.
- A Vizinha Esquizofrênica
Há uns anos atrás, eu aluguei um apartamento de um amigo meu que havia comprado recentemente. Ele tinha acabado de reformar o lugar e o colocou à venda, mas não conseguiu encontrar um comprador. Então, eu me ofereci para alugá-lo enquanto isso. Depois de me mudar, percebi que havia algo estranho com a senhora do apartamento ao lado. Ela aparentava ter uns 45 anos, mas parecia muito mais velha. Ela passava a noite toda ouvindo programas de rádio cristãos em volume alto e falando alto com alguém.
Chegou ao ponto em que eu não conseguia mais dormir, então fui até o apartamento dela e pedi para que baixasse o volume. Ela abriu a porta e eu dei uma olhada rápida. As paredes dela estavam cheias de cruzes pintadas com cores diferentes, e palavras como "Jesus" e "anjos" rabiscadas por toda parte. As janelas estavam todas pintadas de preto, sem deixar entrar nenhuma luz. Havia carpetes encharcados, amarelados e manchados, fezes de cachorro e baratas por todos os lados, embora não houvesse nenhum cachorro aparentemente.
Eu pedi para que ela diminuísse o barulho, mas ela apenas me olhou e fechou a porta. Então, ela aumentou o rádio ainda mais alto. Na noite seguinte, minha namorada estava dormindo lá em casa. Eu acordei no meio da noite e vi a sombra de uma pessoa ao lado da cama, nos observando dormir. Pensei que estava alucinando, como costumo fazer no escuro quando estou sonolento. Mas então a sombra começou a falar. Era minha vizinha, segurando algo na mão. Ela tinha invadido durante a noite e quem sabe quanto tempo ela tinha ficado ali. "Você deveria trancar as portas à noite", ela disse, e saiu.
Na manhã seguinte, ouvi barulhos estranhos abaixo da minha janela do quarto. Era minha vizinha falando sozinha em línguas, segurando uma sacola plástica com seu cachorro morto e em decomposição dentro. Estava um calor infernal lá fora e dava para sentir o cheiro da morte vindo daquela sacola. Nesse ponto, eu estava morrendo de medo. Era óbvio que ela estava completamente insana. Subi as escadas e bati na porta de outro morador para perguntar o que diabos estava acontecendo.
O cara estava tão assustado quanto eu. Aparentemente, ela tinha invadido o apartamento dele em uma noite, enquanto ele assistia TV com os filhos. Ele levantou do sofá para pegar um lanche e a encontrou atrás do sofá, olhando para ele e segurando uma furadeira elétrica. Pensando bem agora, eu sei o que ela tinha na mão. Nesse ponto, eu estava basicamente me cagando de medo. Chamei a polícia e eles já sabiam sobre ela. Aparentemente, ela tinha esquizofrenia violenta e não estava tomando os remédios, mas eles não podiam obrigá-la a tomá-los ou entrar no apartamento dela sem permissão, pois ela era a dona.
A única coisa que eles poderiam fazer era pegá-la quando ela saísse para a rua. Passei as próximas duas noites acordado, esperando ela ficar sem cigarros. Quando a ouvi sair às duas da manhã para ir à loja de conveniência na esquina, liguei para a polícia. Três carros e uma van especial chegaram em menos de dois minutos. Eles a contiveram e a jogaram na van, e seguiram para alguma instituição. E em menos de um minuto, parecia que ela nunca esteve ali.
Nunca mais a vi, mas ainda tenho pesadelos com ela me observando enquanto eu durmo.